terça-feira, 21 de junho de 2011

SUJEITO CONSTRUTOR E CONSRUIDO PELA SOCIEDADE

1.     INTRODUÇÃO
Esta pesquisa acadêmica visa compreender de forma clara e objetiva como fazer com que o aluno se compreenda como sujeito construtor e construído pela sociedade.
A consciência psicológica ou o eu é formada por nossas vivências,  isto é, pela maneira como sentimos e compreendemos o que se passa em nosso corpo e no mundo que nos rodeia, assim como se passa em nosso interior. (CHAUI, 2006, P 130)
Neste sentido, é evidente que o convívio social é de suma importância para esse processo educativo, pois é através dele que o aluno vai se dotar de consciência psicologia, construindo assim o ser social que aprenderá uma série de normas e princípios religiosos, éticos e comportamentais, diminuindo assim o valor da capacidade individual e valorizando a capacidade da coletividade, fazendo com que o aluno conheça seus direitos e deveres, respeitando ao próximo.
 A presente pesquisa traz uma temática interessante e bastante pertinente para nós quantos cidadãos e profissionais em formação, pois nos faz refletir sobre o cotidiano com mais profundidade, fazendo assim com que o professor reflita sobre o seu papel na sociedade.


S  SUJEITO CONSTRUTOR E CONSTRUIDO PELA SOCIEDADE

Entende-se por sujeito construtor e construído pela sociedade, o individuo que não somente ajuda a construir e faz parte da sociedade, mas aquele que também é moldado por ela, se adaptando ao ambiente o qual faz parte.
Segundo CHARON, a principal idéia da sociologia é que os seres humanos são sociais, e tem a necessidade do convívio social, porém isso não significa que gostamos uns dos outros, mas nos adaptamos a situação, por outro lado, se não houvesse essa interação social, seriamos uma espécie de animal diferente da que somos. CHARON ainda relata que há seis requisitos importantes para a prática do ser social, são eles:
1.      A necessidade do outro para sobreviver:
Pois é preciso do outro para que nos alimente, nos proteja,nos ensine, der amor, afeto e carinho (mais forte quando bebês).
2.      Aprender com o outro como sobreviver:
Porque ao nascer, não sabemos como sobreviver, isso ainda não nos foi ensinado, e precisamos do outro para adquirir certa capacidade.
3.      Nascemos em uma sociedade:
Onde trabalhamos, estudamos e aprendemos, ou seja, vivemos em uma comunidade organizada que possui regras a qual devemos seguir.
4.      Qualidades humanas que dependem do convívio social:
A condição de seres humanos depende da vida social, sendo assim, nós só nos tornamos totalmente humanos em sociedade.
5.      Qualidades pessoais que dependem da interação com a sociedade:
É a interação que faz com que adquiramos certas qualidades como: valores, objetivos, idéias, princípios morais e emocionais.
6.      Seres humanos como atores sociais:
Tentamos nos comunicar, impressionar, influenciar e até manipular os outros, por isso somos atores sociais, o que fazemos é conseqüência do que as pessoas que nos rodeiam fazem.
Muito tempo atrás, Durkheim descreveu a sociedade como sendo composta de “fatos sociais”. Com isso queria nos dizer que a sociedade existe “lá fora (exteriormente às consciências sociais individuais), constitui uma força invisível, mas real que atua sobre todos nós, de um modo ou de outro. Hoje às vezes a denominamos “forças sociais” ou “padrões sociais”. (CHARON, 2002, p. 27)

Segundo Durkheim, criador da sociologia da educação, a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para o convívio social. Sendo assim a sociedade seria beneficiada com o processo educativo, pois através dele há uma melhoria no desenvolvimento do aluno e conseqüentemente da sociedade em que a escola está inserida. Afirma ainda que o homem é bem mais do que formador da sociedade, é um produto dela, ou seja, sujeito construído pela sociedade. Durkheim acreditava que a ordem social, seria uma preocupação constante, nunca deixaríamos de nos preocupar com as questões sociais. Conte, afirmava que a sociedade precisava de uma reforma, uma mudança que fizesse com que o progresso constituísse um resultado que fosse regular e sem pressa.
Diante das constatações e afirmações, nota-se que a educação é imprescindível para que o aluno se compreenda como sujeito construtor e construído pela sociedade, pois através dela, o aluno vai perceber o que é ser social, ou seja, aprenderá que ser social não é só conviver em sociedade, mas respeitar as diferenças e cumprir com seus direitos e deveres, valorizando assim o direito dos outros, sabendo que seu direito só começa quando o do outro termina, e vive-versa.
A escola apresenta-se, hoje, como uma das mais importantes instituições sociais por fazer , assim como outras, a mediação entre o individuo e a sociedade. Ao transmitir a cultura e, com ela, modelos sociais de comportamento e valores morais, a escola permite que a criança “humanize-se”, cultive-se, socialize-se ou, numa palavra, eduque-se. (BOCK, 2008, p261)

A ação de educar exige muita dedicação e responsabilidade para que esse processo tenha êxito. A escola, junto com o professor, tem o papel de contribuir para a formação e exercício da cidadania, oferecendo assim aos alunos instruções e educação, aumentando a capacidade do individuo entender seus direitos e deveres para com a sociedade. Sendo assim, alunos, professores, família e a escola caminham de mãos dadas para o sucesso da sociedade.
 
1.     CONCLUSÃO
Na verdade, a escola, como instituição social, estabelece um vínculo ambíguo com a sociedade. É parte dela e, por isso, trabalha para ela, formando os indivíduos necessários a sua manutenção. (...) É preciso ter clareza desta ambigüidade da escola no trabalho educacional, pois esta ambigüidade ao mesmo tempo nos coloca a necessidade de estarmos presos a realidade social e de sermos criativos e inovadores. Está a brecha da escola transformadora. (BOCK,2006,p.267)
A abordagem do tema: Sujeito construtor e construído pela sociedade é de grande relevância para o nosso reflexo sobre as práticas sociais, pois se tornou claro o entendimento de que o educador tem a função de mediador na formação do aluno cidadão consciente, fazendo-o perceber que o convívio escolar é decisivo na aprendizagem e na pratica dos valores sociais, reconhecendo que ninguém nasce cidadão, mas o torna através da educação.


2.     REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BOCK, Ana Mercês Bahia ET AL. Psicologia: Uma introdução ao estudo de psicologia. 14° tiragem. São Paulo: Saraiva 2008.
CHARON, Joel M. Sociologia. 5° Ed. São Paulo: Saraiva 2002.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2006.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13° Ed. São Paulo: Ática, 2006.











 

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