segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Seca na Bahia – Senhor do Bonfim

Por: Tainan Mendes

A população baiana, em especial do semiárido vem sofrendo nos últimos tempos com a falta de chuva. A seca é considerada a pior dos últimos 30 anos. A falta de chuva tem causado uma redução considerável da produção agrícola de diversos municípios baianos, que acaba afetando em maior ou menor proporção todo o estado.



Segundo o governo do Estado da Bahia, mais de 500 mil cabeças de gado já morreram no semiárido baiano, por consequência da seca. Isso sem falar dos demais animais que se não morreram, vivem em situações precárias, sofrendo com falta de água e alimentação.

A produção agrícola está tão afetada que em algumas regiões, segundo a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil - FEAB, a produção de milho, feijão e mandioca estão zeradas.  Todo esse caos tem diminuído a mão de obra, consequentemente gerando desempregos que afeta todos os níveis. Veterinários, zootecnias e produtores também foram afetados.

A percepção de boa parte população pode ser traduzida pela opinião do estudante Ricardo Vallari, sobre um aspecto econômico da seca.
 “Em períodos de seca a impossibilidade de produção acarreta a estagnação do capital, por uma questão obvia a região do semiárido, que a mais afetada pela seca, deixa de comercializar com as outras regiões, já que não tem um potencial industrial”. Ele enfatiza sua visão sobre a atuação de parte da classe política nacional:
Estamos inseridos em uma realidade corrupta. Existe uma rede de interesses que sustenta a seca como meio de desviar verbas destinadas a redução dos problemas por ela causados”.

Em relação ao milho, o Secretário da Agricultura Eduardo Salles, apresentou uma ação emergencial e estruturante através do governo do Estado, em parceria com a Presidência da República que é a captação de 80 mil toneladas de milho para a Bahia. O milho poderá ser vendido num limite de 6 mil toneladas por produtor e será disponibilizado pelo valor subsidiado de balcão.

Umas das cidades baianas mais afetadas pela longa estiagem é Senhor do Bonfim, localizada no norte do estado. Com a grave situação da região, no dia 08 /03/ 2013, o governo estadual decretou estado emergencial  (Decreto nº 14.346) em 214 municípios, entre eles, Senhor do Bonfim.

Com as dificuldades encontradas, a produção agrícola e o comércio sofreram danos irreparáveis, como afirma Barbara Araújo, estudando e moradora de Senhor do Bonfim:
Um dos principais impactos foi a produção de leito. Alguns pecuaristas chegaram e perder cerca de 50% de seu rebanho. A economia da cidade ficou bastante abalada.”

Com a economia abalada, a alternativa encontrada pelos comerciantes foi reduzir o número da mão de obra e elevar o preço dos produtos, diminuindo o poder de compra do consumidor.

A Administradora de Empresas, Edilania Borges, explica como a seca pode afetar economicamente uma região:
"Levando em consideração que é importante que a economia vá bem para que a saúde financeira da região não seja comprometida, o problema da seca faz com que a oferta de alimentos seja menor e consequentemente ocorra um aumento do preço dos alimentos, fazendo com que a inflação da região ultrapasse o permitido pelo Banco Central que é cerca de 6,5%.  Quando há um aumento da inflação todos saem perdendo, o agricultor que passará a ofertar seus produtos a um preço maior, o que ocasionará em uma queda no seu faturamento, o consumidor que terá que se adaptar a nova realidade e terá que abdicar de algumas regalias, e a região que sofrerá com o desaquecimento da economia do lugar, uma vez que as pessoas passam a comprar menos devido aos preços elevados.”

Com a economia enfraquecida, o turismo na região também foi afetado. Conhecida como a "Capital do forró”, Senhor do Bonfim tem uma das mais tradicionais festas de são joão da Bahia. A cidade atrai turistas de todo estado nessa época do ano. Além da festa realizada gratuitamente, pela prefeitura, na praça municipal, acontece o tradicional e tão esperado “Forro do Sfrega”, evento privado, realizado num espaço denominado “Vila do Sfrega”. Esse ano a cidade correu risco de não comemorar a data festiva na praça municipal. O evento não foi cancelada, entretanto a prefeitura reduziu em 50% o número de dias, além de reduzir nos mesmos 50%  os investimentos feitos para realização do evento.

A não realização da festa abalaria ainda mais a economia da região, como explica Edilania Borges:
"Partindo do pressuposto de que a data comemorativa gera renda para a região,  a não realização do das festas juninas traria grandes consequências econômicas uma vez que diminuiria o fluxo de turistas que provavelmente participaria do evento, fazendo com que a região tivesse uma queda no faturamento, prejudicando assim a economia da região."
O balanço das ações emergenciais realizadas pela Secretaria da Casa Civil em relação a distribuição de alimentos até 13/01/2013 são:

Dos 260 municípios com emergência decretada até 07/01/2013:
·         179 receberam e distribuíram 2.000 toneladas de feijão e 1.000 toneladas de arroz.
·         15 municípios receberam e distribuíram 9.630 cestas de alimentos.
·         Pendência: prestação de contas da CORDEC para a CONAB. Será entregue amanhã (08/01/2013)
·         11 municípios receberam e distribuíram 11 toneladas de frango;
·         194 municípios receberam e distribuíram 129.231 vales-cestas no valor de R$ 65,00 (R$ 8,4 milhões);
·         123 municípios foram beneficiados com a ampliação de 1.079.000 pratos do Programa Nossa Sopa;

Próximas operações:
·         NOVAS CESTAS: 68 municípios receberão 60 mil cestas de alimentos (39 com emergência decretada em data posterior a 11/06, 20 do CONSISAL e 10 do último lote cujas cotas foram incompletas).


·         Suco de laranja:
·         3,5 milhões de litros em embalagem tetra-pak (1,5 do estoque da CONAB e 2 milhões de litros adquiridos (R$ 5 milhões) dos citricultores do Litoral Norte via PAA formação de estoque.
·         1.200 agricultores familiares do Litoral Norte da Bahia beneficiados: Rio Real (950), Itapicuru (235) e Inhambupe (50) vinculados a 07 organizações e cooperativas.
·         45 municípios dos territórios Semiárido Nordeste II, Sisal e Litoral Norte/Agreste de Alagoinhas (próximos à Estância –SE) beneficiados.
·          
·         Leite UHT (longa vida): 2,4 milhões de litros para 78 municípios (19 do Programa Leite Fome Zero e os municípios dos Territórios do Semiárido Nordeste II, Sisal, Irecê e Piemonte da Diamantina). Serão distribuídos 24 litros por família.

·         EXECUÇÃO CARRO PIPA / CAR – RECURSO FEDERAL MI :R$ 12,8 milhões investidos, com contratação de carros-pipa pela CAR (Companhia).

·         Leite UHT (longa vida): 2,4 milhões de litros para 78 municípios (19 do Programa Leite Fome Zero e os municípios dos Territórios do Semi-árido Nordeste II, Sisal, Irecê e Piemonte da Diamantina). Serão distribuídos 24 litros por família.”

Com toda essas mudanças prometidas, a população sonha, no mínimo com a diminuição do caos.

Disponível em: http://comunicandocomtainanmendes.blogspot.com.br/search/label/Economia

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O poder Chinês (Economia chinesa)

         


ABERTURA POLÍTICO-ECONÔMICA CHINESA

De acordo com Valadão e Silva , é em 1979 que ocorre a abertura político-econômica da China. Sukup (2002) comenta que com a essa abertura, a China teve destaque na modernização e economia globalizada, desde a chegada do governante chinês Deng Xiaoping, dois anos após a morte de Mao Tse Tung, a economia chinesa abriu-se rapidamente e mostrou uma das maiores taxas de crescimento do mundo. Porém, é importante salientar, que a China já tinha muitas experiências em mudanças radicais, durante o século XX, passou por mais revoluções que qualquer outro país. Uma das maiores preocupações salientadas no testamento de Deng, é o futuro dos grupos étnicos minoritários que representam, pouco mais de 5% da população total da China.
Na década de 1990, segundo Medeiros (2006), é que ocorre uma incrível expansão de exportações e investimentos privados. Na mesma época, para Valadão e Silva , ocorre a elevação do PIB. Essa elevação do Produto Interno Bruto chinês foi possível graças à inserção da economia chinesa no comércio internacional, que se deu devido à especialização e o desenvolvimento tecnológico. .
Em 1997, no entanto, acontece o declínio das exportações e do PIB da China, ocorrido em consequência da Crise Asiática, que desvalorizou a moeda e os preços dos ativos nos mercados acionários do continente. Para conter tal situação, de acordo com Medeiros (2006), a China acelera os gastos públicos, investindo em tecnologia e infraestrutura, e relaxa o crédito dos bancos públicos. De acordo com Almeida (2009), a china possuía um PIB equivalente a quase um terço do PIB mundial até o fim do século XVIII, ela regrediu a menos de 5% do PIB global nos anos 1960, recuperando alguma parte da perda, só nos anos 2000.
Essa tão mencionada abertura político-econômica reflete diretamente no processo de globalização que, segundo Sekup (2002), tem dado à China um papel de destaque no mundo do século XXI. Nesse âmbito, não é possível prever como a China será no dia de amanhã, mas dado o seu peso demográfico, econômico e político, não restam dúvidas que a China será essencial no cenário mundial do século XXI. Antes o posto era do Japão, hoje em dia a china se sobressai cada vez mais como locomotiva econômica regional.
Setup (2002) afirma que alguns observadores salientam que o nível de vida do chinês melhorou consideravelmente, especialmente entre os agricultores, tudo é abundante para à massa camponesa.
Outra informação interessante trazida pelo autor, é que o grande desenvolvimento chinês não pode ser esquecido como referência aos “tigres”, pois dois deles são chineses. Porém, a China também tem seus lados ruins, como por exemplo, o fato de ser um país que bate o recorde mundial em matéria de pena de morte e seu sistema jurídico-policial está longe das normas democráticas.



      REFORMAS ECONÔMICAS

Ribeiro (2008) sinaliza que a mudança da situação econômica da China se dá em virtude das reformas econômicas na agricultura e no setor industrial.
Medeiros (1999, apud RIBEIRO, 2008, p. 98) afirma que a “autorização, concedida pelo estado chinês já em 1979, de que parte do excedente agrícola pudesse ser comercializado livremente (...) pelos produtores/ camponeses”, foi de grande importância para os resultados da reforma agrícola.
As terras eram propriedade do Estado, que as “emprestava” à cooperativas de famílias e famílias individuais, em troca da venda de parte da produção para ele.
De acordo com Ribeiro (2008), essa mudança estimulou os camponeses, que passaram a produzir mais. Para se ter uma ideia, antes da reforma, em 1977, a produção de grãos e carne eram de 300 e 100 kg, respectivamente, já em 1984 esses números saltaram para 400 e 200 Kg, respectivamente.
Outro motivo que, segundo Ribeiro (2008), colaborou para a mudança no cenário agrícola relaciona-se às grandes obras hidráulicas, que aumentaram a parte irrigada do país, além da implantação de grandes empresas industriais estatais produtoras de insumos modernos para a agricultura, que atenderam às demandas das famílias chinesas.
Esse cenário, para Ribeiro (2008, p. 99), favoreceu o “aumento na renda do camponês e a expansão do mercado de bens de consumo”.
As reformas no setor industrial, comenta Ribeiro (2008), referem-se à mudança do monopólio do Estado, presente no período de Mao Tse Tung e a atenção que o governo deu à atração dos investimentos estrangeiros e o estímulo às exportações, através, principalmente, das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs).
O Estado passou a apoiar as empresas coletivas e privadas, no intuito de possibilitar o estímulo da produção industrial. Foi estabelecido que as empresas poderiam ter metade do lucro, após a dedução dos custos, cedendo a outra metade para o Estado. Anteriormente, o lucro era somente do Estado.
O reflexo disso foi o aumento da participação das empresas coletivas no produto industrial, de 9% em 1978, para 28% em 1996. Houve também o aumento das privadas e estrangeiras e a redução das estatais, de 77% em 1978, para 38% em 1996.
Outro progresso foi a separação entre o orçamento das empresas e o orçamento fiscal do governo.
Ribeiro (2008) enfatiza que a capacidade de atração das empresas estrangeiras foi possível, devido à estratégia de criação das Zonas Econômicas Especiais. As ZEEs nada mais são do que ambientes que se utilizam de medidas/políticas distintas de comércio, de modo estratégico, na intenção de atrair investimentos.
As ZEEs foram criadas a partir de 1979 e têm como características: prática de preços livres; dependência do capital estrangeiro; captação de investimentos externos etc.
Quanto aos benefícios concedidos pelo governo aos investidores, segundo Ribeiro (2008), tem-se: preferências fiscais (IR mais baixo para empresas); isenção de impostos sobre o uso da terra para: institutos científicos, empreendimentos tecnológicos e sobre importações de matérias-primas, peças e equipamentos; isenções de impostos de exportação; autonomia administrativa (contratação/demissão de funcionários); concessão de créditos pelo Banco da China etc. Tais benefícios foram cruciais para o favorecimento das exportações e dos Investimentos Diretos Estrangeiros.
Há também o outro lado de toda a estratégia e o investimento nessas reformas, é a desigualdade econômica e social, de acordo com Ribeiro (2008).
Os investimentos Diretos Estrangeiros concentram-se, em sua maioria,  em algumas províncias. “A desigualdade na distribuição de IDEs também é percebida quando se analisam os resultados entre as províncias, relativamente ao investimento do governo, às exportações e ao próprio crescimento econômico” (RIBEIRO, 2008, p. 107).



             PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D)

Nonnenberg (2010) traz a informação de que cada vez mais a China vem investindo em P&D, o que impulsiona o crescimento do país, além de incentivar a especialização em ciências e tecnologias. Com isso, a China investe em educação, devido à necessidade crescente de ter profissionais qualificados e que consigam realizar atividades focadas no crescimento, desenvolvimento e aperfeiçoamento das tecnologias, e ao mesmo tempo se torna exportadora dessas tecnologias.
O autor ainda traz uma informação interessante: a China gasta com P&D apesar de não estar entre os países com maior percentual de alfabetizados.
Desse modo, é importante perceber que a China, mesmo vivendo uma “dupla realidade”, ou seja, de um lado o grande desenvolvimento político, econômico e tecnológico e de outro a precariedade no que tange à educação de base, procura a melhoria constante de seus indicadores, utilizando estratégias planejadas cuidadosamente.


            POUPANÇA E INVESTIMENTO

De acordo com Nonnenberg (2010), a china possui taxas de poupança elevadas. Isso se deve aos menores gastos com educação, saúde e previdência. O autor afirma que ocorre um grande incentivo à poupança, que pode favorecer um consumo futuro.
No que diz respeito à poupança das empresas, o autor comenta que desde 2002 ocorreu uma elevação nesse âmbito. Abaixo seguem algumas causas, segundo ele, que corroboraram para tal acontecimento:
1)           Aumento da lucratividade das empresas;
2)           Política de distribuição de dividendos
- O Estado (acionista majoritário da maioria das empresas) não os recebe e os acionistas privados recebem poucos.
3)           Acumulação de capital
- Estimulou a retenção de parcela dos lucros, possibilitando om maior crescimento econômico.
Advindos principalmente das empresas, segundo Nonnenberg (2010), os investimentos são limitados em virtude do retorno esperado de novos projetos.
O autor afirma que para não haver a redução do retorno de novos investimentos, impactando o processo de crescimento, é preciso que o aumento da capacidade de produção chinesa seja acompanhado pela expansão do consumo.



             ALGUMAS CAUSAS DO CRESCIMENTO CHINÊS

·                    Liberalização do sistema de formação de preços
- O governo central fixava a produção com o preço já determinado, o que restava poderia ser negociado livremente.
·                    Criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs)
-  Região geográfica de um país que possibilita o incentivo ao desenvolvimento econômico da região e a atração de investimentos.
·                    Mão-de-obra rural
- Grande contingente, baixos salários, crescente demanda por trabalho.
·                    Ausência de proteção à propriedade intelectual
- Apropriação ilegal do conhecimento advindo do exterior, para a produção, por conta própria, de produtos semelhantes, por preços mais baixos.
·                    Favorecimento de economias de escala, devido ao tamanho da população
Produz:
83 milhões de televisores/ano
     420 milhões de toneladas de aço bruto
     1,2 bilhão de toneladas de cimento
·                    Incentivo à inovação, transferência e geração de ciência e tecnologia
- Possibilitou a atração de investidores e o aumento nas exportações.


       RATING DA CHINA

A agência de classificação de risco Moody's afirmou o rating dos títulos do governo da China em "Aa3", mas cortou a perspectiva de positiva para estável, a segunda revisão pessimista feita por uma agência de classificação internacional neste mês (AGÊNCIA REBAIXA...2013).

O Rating de crédito de longo prazo da china havia passado  de AA- para A+, ou seja, passou de uma qualidade de crédito muito alta, capacidade muito forte de honrar seus compromissos financeiros e risco de crédito bastante baixo, para qualidade de crédito alta, capacidade forte de honrar seus compromissos financeiros, mas é um pouco mais suscetível às condições econômicas e situações econômicas adversas do que os ratings anteriores. Tudo isso devido às preocupações com o aumento do risco mediante os empréstimos excessivos do governo.
O novo rating da china de Aa3 é devido aos fundamentos de crédito firmado pelo elevado crescimento econômico, e as fortes finanças do governo. Porém é necessário que haja novas reformas a fim de evitar o aumento do risco. Toda via, os ativos externos da China ultrapassam sua responsabilidade financeira  em US$ 1,8 trilhões.



     CURIOSIDADES

Medeiros (2006)

·                    A construção civil é alvo de grande investimento;
·                    A taxa de urbanização cresceu nos últimos 30 anos, 38% a.a.;
·                    Entre 2000 e 2003, os EUA importaram da China 50% a mais.

Nonnenberg (2010)

·                    Crescimento da importação de combustíveis;
- Déficit de fontes de energia, principalmente o petróleo.
·                    Crescimento da importação de minerais;
- Demanda superior à oferta (apesar de ser o maior produtor mundial de minério de ferro).
·                    Aumento dos gastos em investimento;
·                    Incentivo à P&D – Inovação
·                    Ampliação de gastos militares (10% do seu orçamento), aumentando gradativamente sua participação na economia mundial, e ocasionando, consequentemente, o crescimento de possíveis conflitos.

Sukup (2002)

·         A participação da China nas exportações mundiais de produtos de manufatura aumentou de 0,8 para 3,6% entre 1985 e 1995.



            CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como foi visto anteriormente, a partir de 1979 a China realiza sua abertura político-econômica, o que possibilitou a expansão das exportações e dos investimentos, no longo prazo, fazendo com que pudesse acompanhar uma economia mundial cada vez mais globalizada.
Muitas das melhorias no cenário chinês se dão em virtude das reformas econômicas na agricultura, que foi importante para estimular a produção, e no setor industrial, que possibilitou a atração dos investimentos estrangeiros e estimulou às exportações.
A criação das ZEEs, o crescimento da mão-de-obra rural, a negociação livre de preços, o incentivo à inovação etc., são apontados como causas do crescimento do país. Nesse novo cenário, é possível perceber que a China vem tentando alcançar a modernização e a inserção na economia mundial.
Acerca da avaliação e classificação dos riscos dos ativos chineses, é possível afirmar que o país possui qualidade alta de crédito, capacidade boa de honrar seus compromissos e é mais suscetível às condições e situações econômicas adversas do que os ratings anteriores. Portanto, é um país relativamente seguro de se aplicar.
Observou-se, também, que o grande crescimento e desenvolvimento econômico chinês, é acompanhado por uma grande desigualdade econômica e social, justamente por conta dos investimentos serem realizados visando à ascensão de algumas províncias (por questões de localização geográfica). Outro ponto negativo é o recorde de penas de morte e a falta de democracia no âmbito jurídico-policial no país.


Referências

AGÊNCIA REBAIXA avaliação da China com dados mais fracos de crescimento. UOL Economia, São Paulo, Abr. 2013. Disponível em: < http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/04/16/agencia-rebaixa-avaliacao-da-china-com-dados-mais-fracos-de-crescimento.htm> Acesso em: 11 de maio de 2013.
MEDEIROS, Carlos Aguiar de. A China como um duplo pólo na economia mundial e a recentralização da economia asiática. Rev. Econ. Polit. [online]. 2006, vol.26, n.3, pp. 381-400. ISSN 0101-3157. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rep/v26n3/a04v26n3.pdf>. Acesso em: 08 de maio de 2013.
NONNENBERG, Marcelo José Braga. China: estabilidade e crescimento econômico. Rev. Econ. Polit. [online]. 2010, vol.30, n.2, pp. 201-218. ISSN 0101-3157. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rep/v30n2/02.pdf>. Acesso em: 08 de maio de 2013.
RIBEIRO, Valéria Lopes. A china e a economia mundial: uma abordagem sobre a ascensão chinesa na segunda metade do século XX. Florianópolis, 2008. Disponível em:<http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/91791/259763.pdf?sequence=1>. Acesso em: 09 de maio de 2013

SUKUP, Viktor. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. Rev. bras. polít. int. [online]. 2002, vol.45, n.2, pp. 82-113. ISSN 0034-7329. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v45n2/a05v45n2.pdf>. Acesso em: 10 de maio de 2013.


VALADÃO, Marcos Aurélio Pereira; SILVA, Lauriana Magalhães. Economia chinesa: evolução e tendências. [S.l.], [20--?]. Revista do Mestrado em Direito. Disponível em:<http://portalrevistas.ucb.br/index.php/rvmd/article/viewFile/2561/1554>. Acesso em: 11 de maio de 2013.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM


                                       INTRODUÇÃO
Esta pesquisa visa compreender a organização do espaço educativo presente na educação infantil, construir conhecimento cientifico necessário a atuação do professor na educação infantil e fundamentar a pratica descente, bem como materializar a teoria, fazendo parte da PI (Produção interdisciplinar), utilizado para interligar as disciplinas estudadas no semestre, nele serão apresentados a concepção da infância e a indissociabilidade entre cuidar e o educar contemplado no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a importância do planejar e avaliar no trabalho pedagógico do professor  de educação infantil, as especificidades dos métodos de alfabetização e a importância do ambiente alfabetizador na educação infantil, a contextualização e importância da roda de conversa para o desenvolvimento da oralidade da criança, além de discutir e apresentar a ludicidade no contexto da educação infantil e na organização do trabalho pedagógico.
O trabalho estrutura-se baseado em pesquisa acadêmica, utilizando como fontes principais livros, visando à adição de maiores conhecimentos para facilitar o entendimento dos assuntos apresentados.


                             A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO
Quando falamos da concepção da infância, percebemos que há uma diferença muito grande entre os dias atuais e alguns séculos atrás. No decorrer do tempo, podemos perceber os anseios da infância, é importante frisar que a visão que temos da criança é historicamente construída, e que algumas coisas que nos dias atuais podem parecer um absurdo, como a apatia destinada à criança pequena, há séculos atrás era tido como algo totalmente normal. Por mais absurdo que possa parecer, as pessoas nem sempre viam as crianças como um ser particular, e durante muito tempo as tratavam como um adulto em miniatura.
Hoje, vemos as crianças com outros olhos, passando de um ser sem importância e muitas vezes imperceptível, para ocupar um lugar de destaque. Ainda que haja algumas situações que ocorram como o modelo antigo, e que sempre haja um para cuidar e outro para educar, o pensamento vai muito além dessa breve análise. Podemos perceber que cuidar e educar, de acordo com os princípios que seguimos hoje, devem andar sempre juntos, um completando o outro. Segundo o Conselho Nacional de Educação, existem algumas diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Uma delas diz respeito aos fundamentos norteadores das propostas pedagógicas das instituições de educação infantil e que são firmados em três princípios, são eles: Éticos (Autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum); Políticos (Direitos e deveres de cidadania, exercício da criatividade e respeito à ordem democrática) e Estético (Sensibilidade, criatividade, ludicidade e diversidade de manifestações artísticas e culturais). Esses princípios tem a finalidade de definir para que a sociedade esta se educando e cuidando da criança, e como serão desenvolvidas as praticas pedagógicas.
Segundo Ostetto (2000), Planejar é a atitude de traçar, projetar, programar, e elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento com um grupo de crianças. O planejamento é muito importante para que o trabalho pedagógico na educação infantil seja estruturado. O planejamento para educação Infantil não é uma tarefa fácil, pois exige que o conteúdo de ensino seja transformado em habilidades, ou seja, devem ser vivenciados pelas crianças. Esse planejamento precisa ser minuciosamente pensado, pois precisa beneficiar a aprendizagem da criança.
Segundo Moll (2000), a alfabetização é mais que codificação, é a relação entre o aluno e seu conhecimento de mundo. Na visão de Lemle (2003), os principais métodos de alfabetização são:
·         Método tradicional: Este método da a entender que as aulas devem ser realizadas dentro da sala de aula e centradas no professor, que por sua vez tem a função de “cuidar dos alunos”.
·         Método sintético: Vindo Behaviorismo, é considerado um dos mais rápidos e antigos métodos de alfabetização, e pode ser aplicado em qualquer criança. Nesse método a criança primeiro aprende o alfabeto, depois as silabas, as palavras, frases e finalmente os textos. A criança não pode passar para uma fase se não dominar a que está.
·         Método analítico: O método analítico por sua vez é fundamentado na teoria de Gestalt e acredita que a aprendizagem se da pelo insight. Tem como objetivo fazer com que a criança entenda o sentido do texto incentiva o aluno a produção textual.
·         Método construtivo: Um dos mais indicados para alfabetização permite que a criança construa seu conhecimento de acordo com o seu desenvolvimento cognitivo.



                                                   CONCLUSÃO
Através das pesquisas acadêmicas, podemos constatar que o conceito de infância reflete fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o atendimento prestado à criança pequena. Dessa maneira, a Educação Infantil está intrinsecamente ligada ao conceito de infância.
Entendemos que a discussão sobre os planejamentos na Educação Infantil por processos. Concordamos com Ostetto (2000) que “o planejamento educativo deve ser assumido no cotidiano como um processo de reflexão, pois, mais do que ser um papel preenchido, é atitude e envolve todas as ações e situações do educador no cotidiano do seu trabalho pedagógico”.
Aprender é um ato individual de cada aluno, pois não é repetir algo semelhante, e sim criar algo novo.
Mostramos ao longo dessa analise a importância da “Roda de Conversa” como uma atividade sociocultural, voltada à produção de um agir colaborativo em que alunos e educadores, sob determinadas condições, foram se formando mutuamente como sujeitos dialógicos, ou seja, na relação com o outro.
O que se pode notar claramente diante das questões colocadas na analise é que o lúdico é de extrema importância na aprendizagem e desenvolvimento da criança e é preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil. Para que possam aplicar e implantar as propostas à realidade das escolas, o professor na Educação Infantil deve ser consciente que o brincar com criança não é perder tempo, e sim ganhá-lo; se é triste ver crianças sem escola, mais triste ainda é vê-las, sentadas em salas sem ar, com exercícios improdutivos, sem valor para a formação social.



                               
                                             REFERNCIAS

FREIRE, M. A Paixão de Conhecer o Mundo (15ª edição). São Paulo: Paz e Terra, 2002.
KISHIMOTO, M. Tizuko. O brincar e suas teorias. São Paulo, Pioneira, 2002.
OSTETTO, Luciana Esmeralda (Org.). Planejamento na educação infantil mais que a atividade, a criança em foco. Campinas: Papirus, 2000.

MOLL, Jaqueline. Alfabetização possível. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2000.
LENLE, Mirian. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Á