INTRODUÇÃO
Esta pesquisa visa compreender a organização do espaço educativo presente na
educação infantil, construir conhecimento cientifico necessário a atuação do
professor na educação infantil e fundamentar a pratica descente, bem como
materializar a teoria, fazendo parte da PI (Produção interdisciplinar),
utilizado para interligar as disciplinas estudadas no semestre, nele serão
apresentados a concepção da infância e a indissociabilidade entre cuidar e o
educar contemplado no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil,
a importância do planejar e avaliar no trabalho pedagógico do professor de educação infantil, as especificidades dos
métodos de alfabetização e a importância do ambiente alfabetizador na educação
infantil, a contextualização e importância da roda de conversa para o
desenvolvimento da oralidade da criança, além de discutir e apresentar a
ludicidade no contexto da educação infantil e na organização do trabalho pedagógico.
O
trabalho estrutura-se baseado em pesquisa acadêmica, utilizando como fontes
principais livros, visando à adição de maiores conhecimentos para facilitar o
entendimento dos assuntos apresentados.
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO
Quando falamos da concepção da infância,
percebemos que há uma diferença muito grande entre os dias atuais e alguns
séculos atrás. No decorrer do tempo, podemos perceber os anseios da infância, é
importante frisar que a visão que temos da criança é historicamente construída,
e que algumas coisas que nos dias atuais podem parecer um absurdo, como a
apatia destinada à criança pequena, há séculos atrás era tido como algo
totalmente normal. Por mais absurdo que possa parecer, as pessoas nem sempre
viam as crianças como um ser particular, e durante muito tempo as tratavam como
um adulto em miniatura.
Hoje, vemos as crianças com outros olhos,
passando de um ser sem importância e muitas vezes imperceptível, para ocupar um
lugar de destaque. Ainda que haja algumas situações que ocorram como o modelo
antigo, e que sempre haja um para cuidar e outro para educar, o pensamento vai
muito além dessa breve análise. Podemos perceber que cuidar e educar, de acordo
com os princípios que seguimos hoje, devem andar sempre juntos, um completando
o outro. Segundo o Conselho Nacional de Educação, existem algumas diretrizes
curriculares nacionais para a educação infantil. Uma delas diz respeito aos
fundamentos norteadores das propostas pedagógicas das instituições de educação
infantil e que são firmados em três princípios, são eles: Éticos (Autonomia,
responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum); Políticos (Direitos e
deveres de cidadania, exercício da criatividade e respeito à ordem democrática)
e Estético (Sensibilidade, criatividade, ludicidade e diversidade de
manifestações artísticas e culturais). Esses princípios tem a finalidade de
definir para que a sociedade esta se educando e cuidando da criança, e como
serão desenvolvidas as praticas pedagógicas.
Segundo Ostetto (2000), Planejar é a atitude
de traçar, projetar, programar, e elaborar um roteiro para empreender uma
viagem de conhecimento com um grupo de crianças. O planejamento é muito
importante para que o trabalho pedagógico na educação infantil seja
estruturado. O planejamento para educação Infantil não é uma tarefa fácil, pois
exige que o conteúdo de ensino seja transformado em habilidades, ou seja, devem
ser vivenciados pelas crianças. Esse planejamento precisa ser minuciosamente
pensado, pois precisa beneficiar a aprendizagem da criança.
Segundo Moll (2000), a alfabetização é mais
que codificação, é a relação entre o aluno e seu conhecimento de mundo. Na
visão de Lemle (2003), os principais métodos de alfabetização são:
·
Método
tradicional: Este método da a entender que as aulas devem ser realizadas dentro
da sala de aula e centradas no professor, que por sua vez tem a função de
“cuidar dos alunos”.
·
Método
sintético: Vindo Behaviorismo, é considerado um dos mais rápidos e antigos
métodos de alfabetização, e pode ser aplicado em qualquer criança. Nesse método
a criança primeiro aprende o alfabeto, depois as silabas, as palavras, frases e
finalmente os textos. A criança não pode passar para uma fase se não dominar a
que está.
·
Método
analítico: O método analítico por sua vez é fundamentado na teoria de Gestalt e
acredita que a aprendizagem se da pelo insight. Tem como objetivo fazer com que
a criança entenda o sentido do texto incentiva o aluno a produção textual.
·
Método
construtivo: Um dos mais indicados para alfabetização permite que a criança
construa seu conhecimento de acordo com o seu desenvolvimento cognitivo.
CONCLUSÃO
Através
das pesquisas acadêmicas, podemos constatar que o conceito de infância reflete
fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o atendimento
prestado à criança pequena. Dessa maneira, a Educação Infantil está intrinsecamente ligada ao conceito de infância.
Entendemos
que a discussão sobre os planejamentos na Educação Infantil por processos. Concordamos
com Ostetto (2000) que “o planejamento educativo deve ser assumido no cotidiano
como um processo de reflexão, pois, mais do que ser um papel preenchido, é
atitude e envolve todas as ações e situações do educador no cotidiano do seu
trabalho pedagógico”.
Aprender
é um ato individual de cada aluno, pois não é repetir algo semelhante, e sim
criar algo novo.
Mostramos
ao longo dessa analise a importância da “Roda de Conversa” como uma atividade
sociocultural, voltada à produção de um agir colaborativo em que alunos e
educadores, sob determinadas condições, foram se formando mutuamente como
sujeitos dialógicos, ou seja, na relação com o outro.
O
que se pode notar claramente diante das questões colocadas na analise é que o
lúdico é de extrema importância na aprendizagem e desenvolvimento da criança e
é preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao
conhecimento produzido na área da educação infantil. Para que possam aplicar e
implantar as propostas à realidade das escolas, o professor na Educação
Infantil deve ser consciente que o brincar com criança não é perder tempo, e
sim ganhá-lo; se é triste ver crianças sem escola, mais triste ainda é vê-las,
sentadas em salas sem ar, com exercícios improdutivos, sem valor para a
formação social.
REFERNCIAS
FREIRE, M. A Paixão de Conhecer o Mundo (15ª edição). São Paulo: Paz e Terra,
2002.
KISHIMOTO, M. Tizuko. O brincar e suas teorias. São Paulo,
Pioneira, 2002.
OSTETTO, Luciana Esmeralda (Org.). Planejamento na educação
infantil mais que a atividade, a criança em foco. Campinas: Papirus, 2000.
MOLL, Jaqueline. Alfabetização possível. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2000.
LENLE, Mirian. Guia
teórico do alfabetizador. São Paulo: Á