Um dos
pré-requisitos para poder exercer o potencial criativo é o combate a nossas
naturais tendências contrárias à inovação. Porém, quando essas tendências
contrárias se tornam radicais, passam a representar verdadeiros bloqueios,
chamado pelo autor de “inimigos pessoais”.
Esses inimigos
pessoais da criatividade geralmente estão bem dentro de nós e dificilmente
temos consciência de sua existência e de como representam um peso morto que
carregamos. Os inimigos mais difíceis de localizar, combater ou prevenir, são
os que fazem parte da nossa personalidade, em graus que vão dos normais e
suportáveis aos inibidores de qualquer ação favorável a inovação.
O combate é
feito com um aperfeiçoamento pessoal onde cada um deve enfrentar a situação de
maneira pessoal, podendo utilizar a leitura de bons livros de autoajuda até a
procura de auxílio psicológico.
Os bloqueios
mais comuns á criatividade são:
Acomodação- se caracteriza por certo imobilismo,
que é cultivado a partir da rotina confortável e do “não desafio” do
previsível.
Miopia Estratégica- é a falta de boa visão do contexto
e sua dinâmica. Geralmente a miopia nasce de um nível exagerado de egocentrismo.
Imediatismo- constituído pelo posicionamento
simples de “ir direto ao ponto”.
Insegurança- é falta de confiança que decorre da
pobre autoestima.
Pessimismo- é o palpite invariável de que “não
dará certo”, é o inimigo de todo e qualquer tipo de investimento.
Timidez- é uma característica de personalidade,
que inibe a apresentação de atitudes e comportamentos mais assertivos.
Prudência- é uma qualidade pessoal que a partir
de certo grau, começa a se caracterizar como medo.
Desânimo- é a falta geral de motivação e
estímulo, levando a pessoa a não se engajar.
Dispersão- é a falta de administração do tempo,
que impede a implementação de qualquer projeto, que não esteja ligado ás
necessidades imediata.
Defeitos, sim. Doenças, não!
Quando um
pequeno defeito é percebido, e ao mesmo tempo, ignorado/menosprezado, há muitas
chances desse defeito se tornar uma doença, que além de impossibilitar o
potencial criativo, nos trará problemas no convívio social.
As doenças mais
comuns são:
Adequacionite- Indivíduo que se mostra resistente a
qualquer tipo de mudança, repudiando o novo.
Umbiguite- Incapacidade de percepção ao seu
redor. Pessoas que não permite segundas opiniões. A opinião própria é sempre a
melhor. Olha só para o próprio umbigo.
Objetivite: Indivíduo com exagerada
disciplina mental e adeptos situações bem organizadas e certinhas, o que
dificulta o processo criativo.
Egocegueira: Indivíduo considera-se inferior,
subestimando suas próprias ideias.
Tristezite- Doença bem
próxima do pessimismo, é a compulsão fisiológica á visão pesada, que traz a
incapacidade de se relacionar com o ambiente de forma otimista.
Acanhamentite- Incapacidade
crônica de enfrentar todo tipo de exposição de sua pessoa a qualquer público ou
situação, não gosta de viver coisas novas o que leva a se cultivar em rotina.
Aventurofobia-
E
semelhante à “timidezite”, porém tem medo de algum evento não previsto em
rotina e de incertezas, elas repudiam algo novo, é doença comum quem ver muitas
horas diárias de TV.
Despaixão-
As
vitimas dessa doença tornam-se incapazes de encontrar razões para tomar
qualquer iniciativa, principalmente as criativas, que exigem o enfrentamento de
situações desafiantes.
Desfoquite- E patologia
sutil e dificilmente diagnosticada, pois seus sintomas mascaram-se como simples
decorrência de circunstancias. Causa índice zero de criatividade e em casos
agudos, a incapacidade de finalização de simples ideias.
PREDEBON, José.
Criatividade. Ed. Atlas, São Paulo, 2005,6ª edição.