sábado, 14 de novembro de 2009

Racismo nas organizações






O que é racismo?
—A palavra racismo tem origem na junção de dois termos: raça e “ismo”, sendo raça a palavra mãe.
—Racismo = Raça + “ismo”
—Para percebermos o significado da palavra racismo temos de entender o que significa realmente a palavra raça.
—Raça é o grupo de indivíduos pertencentes a um tronco comum e que apresentam particularidades análogas entre os membros da mesma espécie.
—A palavra raça teve origem no latim, de ratio, que significa espécie.
—Assim, racismo, não é mais do que uma teoria que afirma a superioridade da raça X ou Y em relação às outras raças. Nesta teoria assenta a defesa do direito de dominar ou mesmo reprimir as raças consideradas inferiores.

Problematização
—No Brasil se encontra a segunda maior população negra no Brasil.
—A quantidade de negros em bons cargos, assim como nas universidades, é baixa.
—Segundo o IBGE o Brasil coloca-se em 63º posição no mundo.
—O negro tem dificuldades de se inserir no mercado de trabalho.
—O negro sempre oculpa as piores vagas.
—O racismo ainda é presente em nossa sociedade.
—Existe uma discriminação profissional para com o negro

O negro no mercado de trabalho
—A sociedade visa o negro como desqualificado e incapaz.
—O negro sofre com o desemprego.
—Na nossa sociedade o negro não tem mobilidade social.
—O negro sempre ocupa setores de menor status social.
—Por causa do preconceito o negro é obrigado a fazer sempre trabalhos domésticos e pesados.
—A cor no Brasil às vezes determina competência ou formação.
—O fator da escolaridade também exclui o negro do mercado de trabalho.
•O negro perde para o branco as vagas de maiores qualificações.
• O negro enfrenta a dificuldade de ingressar em uma instituição de ensino, interferindo assim na vida profissional.
• O negro sempre recebe salários inferiores ao do branco, mesmo quando ocupam o mesmo cargo ou função.

Nova perspectiva para a população
—O ministério do trabalho decidiu defender o negro no mercado de trabalho.
—Uma reunião entre o ministério do trabalho e a OIT para combater o preconceito reuniu representantes de ministérios; trabalhadores, empregadores, especialistas e Organizações Não – governamentais.
—Um programa de Cooperação Técnica foi criado após essa reunião.
—A ação se tornou efetiva com a realização do seminário Governamental para Multiplicadores em Questão de Gênero e Raça, ocorrido em 1996 .A ação procura medidas para declarar a igualdade
•O programa procura igualdade de oportunidades.
• Ele visa uma oportunidade democrática de inclusão em melhores vagas e em faculdades.
• O programa tem o objetivo de mudar as condições no mercado de trabalho, visa igualdade e principalmente fazer o negro ocupar bons cargos.
• Ações de tais grupos visam mudar a qualidade de vida dos negros.

Situação do negro quanto a educação
A discriminação racial na área educacional;
—Segundo o relatório do desenvolvimento humano,revela-se grande distancia dos setores brancos do país em relação aos negros na educação;
—18% dos negros tem possibilidade de ingressar na universidade;
—A possibilidade para os brancos é de 43%;
—As escolas que atendem as regiões onde a população negra é predominante encontra-se em defasagem.

Leis ante-racista
Em tramitação na câmara dos deputados,algumas propostas de cunho ante-racista,com objetivo de promover a igualdade.Com isso o racismo não será extinto,é preciso que ocorra uma mudança de consciência no seio da sociedade.

Considerações finais
—Cerca de 60% dos negros brasileiros estão na faixa de analfabetismo;
— Apenas 18% dos negros tem possibilidade de ingressar na universidade;
— A expectativa de vida dos negros é de apenas 59 anos (brancos 64 anos);
— A qualidade de vida do Brasil o leva a ocupar a 63ª posição mundial, separando só a população negra o Brasil passa a ocupar a 120ª posição;
—15,5% dos réus negros respondem em liberdade (brancos 27%);
—O negro é o primeiro a entrar no mercado de trabalho e o último a sair;A participação do negro em áreas "elitizadas" é ínfima;
— As mulheres negras ocupadas em atividades manuais representam 79,4% do total Apenas 60% das mulheres negras que trabalham são assalariadas;
—As condições de moradia dos negros são quatro vezes pior que a dos brancos;
— Dentre a população negra economicamente ativa apenas 6% está ocupada em atividades técnicas, científicas, artísticas, administrativas;
— Muitas mulheres negras saem do país como artistas e são recebidas como prostitutas;
—- As mulheres negras estão nas piores condições de vida do país.

Como agir em caso de racismo?
—Denuncie!
—Anote informações como data,horário e local da agressão,bem como os dados do agressor .
—Dirija-se a delegacia mais próxima,de preferência com testemunhas ou provas,para registrar a ocorrência.
—È muito importante buscar ajuda de instituição de direitos humanos ou do movimento negro que presta assistência psicológica e orientação jurídica nos casos de descriminação racial.

Lugares para denunciar
1.Bahia:
—- CEAFRO - Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero .
Tel.: (71) 3321-2580/0234 http://www.ceafro.ufba.br/main/default.asp
—- Escritório Garantia de Direitos da Juventude Negra de Salvador
(71) 3321-2580,ramal 26
escritoriodajuventudenegra@yahoo.com.br
—- Escritório Nacional Zumbi dos Palmares - Assistência e orientação jurídica para vítimas de discriminação racial (com triagem preliminar). Realiza estudos e iniciativas em torno de políticas públicas anti-raciais. Atendimento gratuito
Rua da Muraria - 96 - 1º andar Muraria - Nazaré
Tel.: 71-3321-4268 - 2ª a 6ª das 09:00 às 12:00h / 14:00 às 17:00h

Bibliografia
Hirano, Sedi; Fernandes, Florestan. Pesquisa social – projeto e planejamento. São Paulo, Editora T.A Queirós Ltda., 1980
Galache, G. Brasil – Processo e Integração / Estudos dos Problemas Brasileiros. 8º Edição, São Paulo, Loyola, 1977.
Marques, J.B. de Azevedo. Democracia, Violência e Direitos Humanos, 4º edição, São Paulo Editora Autores Associados, 1987.
Brasil, Jornal do Senado, Brasília, Jan/Jun.,1998.
Silva, Francisco de Assis. História do Brasil. 2º edição, São Paulo, vol. 2 Moderna, 1992
Jornal Ser Humano. São Paulo, AMG Comunicação, janeiro/1994
Fundação SEADE. “São Paulo em perspectiva”, vol. 02, Abril / junho de 1988
Sanches, Neuza “Cores do Brasil”. Veja São Paulo, 26 de março de 1997, pp. 130-132.
CEAP. Violência e Racismo, 1996, Internet.
Soares, Rosângela. “Tá na cara que o Brasil é racista”.
Alberto, Luiz. “Caminhando com coerência”. Jornal informativo do Gabinete. Brasília, fevereiro de 1998.
Arruda, Roldão. “Deus é negro”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 23 de março de 1998.
• Brasília Lei 1.740 de 27 de outubro de 1997, Publicada no Diário Oficial do DF em 29 de outubro de 1997.
• Brasília. Projeto de Lei da Deputada Maria José – Maninha Nº 1.511, 1996.
Toledo, Roberto Pompeu de “À Sombra da Escravidão”. Veja, 15 de maio de 1996. pp.52-65.
Doc. Marcha Zumbi dos Palmares contra o racismo, pela cidadania e a vida. Brasília, 1986, Edt. Cultura, vários autores.
Silva, Martiniano J.. Racismo à Brasileira. Raízes históricas. Brasília Thesaurus Editora, 1987.
Santos, Joel Rufino. O que é Racismo. Brasília, editora Brasiliense, 1980


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